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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Poderosas Palavras

Amo Palavras... Será que já deixei bem claro isso? Rsrs
Dizem que todo final de ano temos que tomar uma decisão para seguir no próximo ano e sempre minhas decisões são voltadas para tornar as Palavras mais constantes ainda em minha vida. Não poderia ser diferente para 2011, então, aqui está a “Degustadora de Palavras” para revelar um pouco do tudo que me rodeia. Então, não vou definir nada do que poderão encontrar quando adentrarem essa tela, se acaso não gostarem, não tem problema, uma hora acerto a Palavra que esperava ler por aqui. Só posso adiantar que Palavras podem vir em forma de arte, poesia, vida real, ficção, sonhos ou devaneios loucos e insanos.
Nesse momento de inauguração, por exemplo, só quero fazer uso de Palavras que possam transmitir o quão da vida se pode Ter e Ser e um tal de Professor Warde (observem que há professores que merecem letras maiúsculas em tudo, então esse é um Professor) me ensinou que esses versos são fantásticos para descrever “ o Ser, o Ter e o Viver “. Fiquem com as Palavras de Gonçalves Dias:
Canção do Tamoio
Gonçalves Dias

I
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.

II
Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.

III
O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves concelhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!

IV
Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

V
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

VI
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D'imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d'ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

VII
E a mão nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

VIII
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.

IX
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.

X
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.

P.S.) Essas palavras sempre me remetem à força de uma nação batalhadora, então, de Brasileira para Brasileiros, felicidades em 2011 e sempre!