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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um livro de merda

Hora de almoço é quase um campo de batalha, um não quer ir num lugar e o outro não quer ir no outro. Andar em grupinho é um saco, mas, tem suas compensações, porque no dia que estiver irado, pode debulhar as insanidades que os parceiros serão capazes de fazer troça de tudo e o temporal que estava se armando, desanuvia.

Se por um acaso estiver na dúvida do que irá comer, nem se estresse, o fofinho ou a fofinha relembram do cardápio todo que qualquer um do grupinho costuma comer, em cada um dos restaurantes que costumam ir. E, se mesmo assim teu prato estiver sem graça, é só esperar uma das fofinhas cortar qualquer coisa, porque do jeito que são jeitosinhas, sempre enriquecem o prato de quem estiver ao lado ou em frente com um pedaço de frango com gosto de frango, ou uma salada com gosto de nada.

Um dos fofinhos e uma das fofinhas são rebeldes, cada um quer ir num lugar e quando não chegam a um acordo amigável, o jeito é a chantagem: - tá bom, eu vou nesse hoje, mas amanhã você ai no outro, sem reclamar! A outra fofinha e o outro fofinho ficam a espera do impasse terminar, raramente se metem, ficam sempre em cima do muro, afinal, imagina se os 4 resolvem entrar em guerra!

O fofinho vive reclamando que a fofinha adora ir num tal restaurante, por causa de uma maldita salada que só tem lá, chega, passa reto pela tal salada e quando ele pergunta: - porque não pegou?

A fofinha diz, na maior calma: - hoje não estou com vontade.

O fofinho fica bravo, repete umas vinte vezes que é para a fofinha ficar com vergonha, mas ela nem liga.

A outra fofinha até quis plantar a sementinha da discórdia, dizendo que os 2 fofinhos nunca se entendem. Mexeu em caixa de marimbondo, os fofinhos se uniram na hora e mostraram em quantas coisas eles estão sempre em concordância: cafezinho, spoletino gelado, lanchonete e até restaurantes, como essa fofinha lambisgóia ousa dizer que os dois briguentinhos não são amiguinhos?

Mas tem outra hora que os dois briguentinhos e os dois fofinhos da paz se entendem: na hora do bowling. E aí é só gargalhada!

Hoje o fofinho briguentinho cismou de contar outro filme que assistiu ontem. Tá de brincadeira, ficar se divertindo, enquanto a fofinha briguentinha estuda economia, aquela porcaria com 224 páginas, que não deu nem 10% de páginas de resumo, porque o economista japonês parece papagaio, pior até, porque papagaio repete o que os outros falam, ele reescreve o que ele mesmo já escreveu.

Aí vem o outro fofinho delirando, mas pronto para ajudar a coleguinha a espairecer e esquecer a chatice do livro que ela tem que estudar:

- Já pensou um livro na vitrine com o título: Um livro de merda

- E sobre o que você vai escrever fofinho?

- Sobre bosta nenhuma!

Se tem discussão séria nesse grupinho? Até tem, mas não dura muito. Hora de almoço é momento de relax.

Está triste? Deprimido? Desiludido? Liga para o CVV não... é só vir almoçar com o grupinho que o dia ficará mais leve. Mas se quer silêncio, melhor nem pensar em se juntar ao grupinho, porque sempre tem um dos quatro tagarelando, nem que seja só falando bobagens que os outros nem estão ouvindo.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Só recordações não podem ser roubadas

Todo mundo já passou por um pequeno furto, confessem. Eu então, nem sei como não me furtaram mais vezes, porque vivo distraída com a bolsa aberta.

Da primeira vez, levaram a bolsinha de maquiagem, azar o dele ou dela, porque maquiagem de pobre está sempre no fim.

Da segunda levaram minha carteira, tive o maior trabalhão de fazer BO e dar baixa em cartões no banco. No dia seguinte, cada um que me perguntava na empresa eu desandava a soluçar e todos com aquelas frases de praxe: - Não fica assim, deu sorte de não ser um assalto e de não te machucarem. E eu continuava chorando, ninguém entendia o quanto doía ter perdido as fotinhos da minha vovózinha espanhola que eu tanto amava e uma do meu filhinho ainda com um ano e que eu não tinha outras fotos dessas.

Um colega da sala ao lado, talvez perturbado com o fato de não conseguirem me consolar, voltou para trás e todo solicito me perguntou: - quer uma foto da minha avó?

Estanquei o choro e dou risada até hoje quando lembro da cara dele me fazendo essa pergunta.

domingo, 4 de setembro de 2011

Uma palavra linda

Olha só, essa sexta-feira (02-09-11) foi cansativa no trabalho, estava um frio absurdo e eu odeio frio, mas a noite prometia alegria. Com ingressos comprados para o show da Fabiana Cozza, fomos os 3 caminhando da estação do metrô Belém até o Sesc, só não batíamos os dentes de frio, porque estávamos exercitando o poder da fala. E como a gente fala!

Óbvio que eu fiz umas trapalhadas, tivemos que trocar ingresso. A primeira troca, porque a carteirinha da Ny estava vencida. A segunda foi por burrice própria mesmo... Explicando, para não queimar tanto o meu filme: como não sou fanática por carregar bolsa, peguei o que ia usar, olvidando de una cosita muy importante, e pus numa carteira minúscula e lá fui eu com tudo no bolso, menos a carteirinha do Sesc ou de estudante e tive que, pela segunda vez, pegar senha e trocar o ingresso pagando a diferença. Mas deixa a burrice para lá e vamos ao que interessa.

Esse show por si só, já era motivo para eu estar para lá de alegre, porque amo samba e a Cozza é bárbara, mas a Ny quis roubar o papel de protagonista da noite e mandou um convite que nos deixou com lábios de quem nunca mais vai parar de sorrir.

Óbvio também que minha memória é de girino e nem sei direito que frase ela usou, só importa a palavrinha mágica: padrinhos. Não vou me fazer de rogada, confesso que queria muito e esperava por isso, porque amo demais essa mulézinha e sei que é recíproco. O Ri menos convencido disse que não esperava. Nada disso importa, só o que vale é que esse convite transformou a noite numa mega comemoração e nem dá para explicar como nos sentimos, ouso falar até pelo Ri, porque sei que ficou tão emocionado e feliz quanto eu.

Pena que o noivo faltou, porque a gente adora aquele doido também, mas essa mulézinha anda escravizando ele, tadinho. Tem trabalhado tanto para sustentar a futura família, que nem pode estar presente.

Eu não falo que palavras são os melhores presentes? Madrinha não é uma palavra linda? Linda não, lindíssima! Agora estou me sentindo: a madrinha!