Entendam bem o porquê digo que me decepcionei com o livro “O X da questão” de Eike Batista, afinal não houve ojeriza a tal ponto que eu parasse de ler. Pelo contrário, li em apenas 3 dias e entenda-se 3 dias por poucas horas de folga, como vai e vem em transporte público, durante as sessões de fisioterapia e os famosos minutos antes de dormir, já que sempre me cai bem no processo de digestão devorar palavras, até mesmo para obter uma noite de sono restaurador.
Na verdade, senti foi falta de mais palavras de Eike Batista. A trajetória dele é muito rica e infelizmente os resumos tão micro sintetizados não me permitiu entender cada surgimento de negócio e a forma como executou. Como ele próprio explica, “X“ é o símbolo da multiplicação, então, eu esperava encontrar muitos “Xis” que fossem aulas de multiplicação, que ensinassem outros empresários e até mesmo políticos a executarem as tarefas adequadas para se chegar a um ideal.
Por mais que haja uma forte bagagem ideológica em questões de agir corretamente, seja com pessoas ou com o meio ambiente, senti falta de detalhes sobre como ele age diante de um problema qualquer com colaboradores ou que tipos de ações e como implantou para beneficiar o meio ambiente.
Ah! Se esse Eike me dá chance de perguntar muito, transformaria esse livro em no mínimo umas 500 páginas! E não tenho a pretensão de ser a biógrafa, apenas de ser sua editora, aquela que o ajuda a escolher as melhores histórias e faz uma limpeza de repetições de ideias e palavras desnecessárias.
Critico, sim, o tanto de frases de auto-ajuda, que poderiam até fazer alguma diferença em algumas partes do livro e até serem usadas como ponto “X” durante toda a narrativa, mas não deixaria se repetirem, ainda que de outras formas.
Se algo me marcou na leitura? Claro! E aqui deixo para todos a essência do que o move, mais que ganhar fortunas e, que, sinceramente, meu “eu Cyrano”, sempre sonhou ser mais “Eike” nesse ponto, porque não basta sonhar, temos que realizar.
“Alguém me perguntou certa vez a diferença entre milhão e bilhão. A distinção mais significativa está no universo de pessoas que vão desfrutar o produto de uma riqueza, na magnitude do que o empreendedor vai gerar para a sociedade. Afora isso, não há diferença.” Eike Batista
Nesse quesito, posso me orgulhar de dizer que não fiz meu milhão em dinheiro, mas bem sei quantas pessoas já incentivei a seguir adiante em seus sonhos, apenas com a força das palavras.
E registro, sem o menor pudor, a minha inveja dos colaboradores de Eike Batista: adoraria fazer parte de uma de suas equipes.
Pois é, Yara, obrigado pela resenha. Se você não gostou, não vou perder meu tempo com este livro.
ResponderExcluirBeijos.