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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Muita criatividade atrapalha

Há empresas que deveriam lançar algumas pesquisas sobre alguns temas essenciais para tornar os seus produtos realmente úteis. Entre tantas deveriam acrescentar uma perguntinha simples: já aconteceu algo bizarro ao utilizar nosso produto?

Estou aqui matutando, mas acho que ao invés de lançar todos os borrões agora, vou fazer uma série, porque são muitos tipos de produtos que deveriam vir com avisos do tipo:
Se tem pressa, melhor usar outro método
Cuidado, embalagem sem noção
Não arrisque, ele pode te machucar
Tem outra roupa, porque vai se sujar
Compre esparadrapo e use antes de estrear
Se quer só um pouquinho, use conta gotas
Hoje não saia de casa sem linha e agulha

Bom, se lembrarem de mais alguma bizarrice, é só avisar, testar e reclamar é comigo mesma.

Então, hoje acho melhor começar por uma bizarrice que me incomoda há anos. Sempre me pergunto se os fabricantes de lenços de papel usam os ditos cujos. Será que nunca um filho deles ficou gripado? Ou sofre de rinite? Alguém já notou como é complexo limpar o nariz na hora do desespero? Ou se está cuidando de uma criança e o nariz escorre, quão complicado é tirar o lenço de papel da embalagem e limpar antes que a pobrecita sinta aquele gostinho horrível na boca?

Não considerarei nem como são retirados da caixa de lenço de papel, porque geralmente é mais prático se carregar aquelas embalagens de saquinho plástico, mas de ambas até se poder utilizar os benditos lenços de papel, parece que se passaram horas. A aflição aumenta enquanto a meleca continua escorrendo.

É tão complexo limpar o nariz, mas foi muito mais complexo o processo de se criar uma forma de dobrar os lencinhos. Mas por que fazer o mais fácil, se é muito mais marcante fazer o mais difícil.

Pior, que não bastavam as empresas brasileiras, agora estão importando os “pañuelos” da Argentina, e não é que “los Hermanos” parecem ter aprendido com os brasileiros. Ou será que ensinaram os fabricantes daqui?

Esse “ClinOff”, modelito Argentino apesar do nome americanizado, veio sanfonado em 5 vezes, com mais uma dobra no meio. Nem sei explicar, só assistindo a “desdobradura” para entender e olha que já tirei 3 da embalagem que nem vou usar, só para tentar descrever. Mas está difícil, desdobrei e redobrei para ver se consigo entender a funcionalidade de tal ideia complexa.

Lógico que ninguém vai limpar nenhum nariz, nem o próprio, nem o de uma criança, com um papel que se resume a 10,5 cm por 5,5 cm (mais um desperdiçado para a medição), tão bem dobradinho por 6 vezes.

Quando vi a nova marca, logo me entusiasmei: alguém descobriu uma marca que não é dobrada de forma bizarra e decidiu importar, ledo engano.

Por isso eu rogo, quando alguém descobrir uma embalagem em que o senhor fabricante teve a digníssima ideia de dobrar uma primeira vez ao meio e depois dobrar mais 2 vezes ao meio, me avisem, porque escreverei para o criador parabenizando pela praticidade que proporcionou aos portadores de narizes escorridos.

5 comentários:

  1. Caramba, Yara, você é uma artista!
    Fazer do ato de limpar o nariz uma crônica foi demais!
    Parabéns!
    Que texto nojento! rsrsrs
    E de que agradável leitura!

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  2. kkkkkkkkkkk Muito bom e me revelou uma nova Yara nas escritas. Adorei, leve, engraçado, criativo (no bom sentido, é claro!! rsrs). E tb adorei os comentários do Greghi!! Aproveitando: eu tenho uma sugestão de produto que se encaixa nos que deveriam avisar "Se quer só um pouquinho, use conta gotas", aqueles vinagres balsâmicos. E as embalagens de catchup??? Você esmaga, esmaga, bate na bundinha e nada, de repende cai uma avalanche vermelha, com tampa e tudo do seu lanceh.. trágico!!

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkk Paulinha esses 2 aí que vc cita, já estavam na lista, ontem mesmo andei conversando com o Heitorzito sobre minhas ideias e fomos relacionando todas essas bizarrices. Aguarde, paciência, porque o próximo é um que também me incomoda há um bom tempo e nem reclamando solucionaram a questão. Mas prometo que falarei sobre coisas positivas também. Obrigada, cara degustadora, continue mandando ideias, quem sabe os fabricantes acordem.

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  4. Bom Greghi querido, sempre admirei o seu estilo de escrever, mas fazer um comentário desses é sem comentários. Obrigada, amei!

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  5. hahah Lembrei de mais uma daquelas.. depois te conto!

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