Pense num canto em que todas as religiões se afinam e convivem pacificamente... Esse é o Templo – Bar de Fé, localizado num pedaço do coração da Mooca.
O cardápio também é uma delícia, tudo que provamos, aprovamos, embora o preço seja meio salgadinho. Mas a música é de qualidade, desde as que nos presenteiam em bons vídeos à banda.
Aliás, é por causa dessa banda que corri para a telinha e não porque pretendo copiar o Pedro Schiavon do blog http://lugarzinho-br.blogspot.com/, que vive encontrando preciosidades para dividir conosco. Mas não resisti, porque esse Templo tem que entrar no circuito das boas músicas das noites paulistanas para continuar nos presenteando com noites tão agradáveis.
Mas voltando ao mote da minha inspiração. A banda entrou e anunciou que primeiro ia tocar uns sambas, para depois ir às músicas latinas. E tocou bem, nem precisei pedir meu dinheiro de volta (essa história logo contarei para vocês no blog http://www.areclamona.blogspot.com/). Lógico que sempre tem umas rateadas, mas até os melhores cantores e bandas já tiveram seus deslizes. O importante é que eles dão valor ao bom e velho samba, tocaram muitos dos melhores. Mas, o que me deixava encafifada era a aparência dos músicos. Tinha uns 4 ali que transpiravam rock, uma até com carinha de Heavy metal e na minha cabeça rodava uma pergunta irrespondível: que diacho os fez cair no samba?
Dá para imaginar um metaleiro balançando a cabecinha no ritmo do samba? E os roqueiros então? Em relação ao mocinho da percussão, acabei crendo que foi um erro meu de visão, ele nasceu no batuque do samba, o rock nunca entrou na vida dele... Será? Sei lá!
Apostei que 2 ali eram filhos da música clássica, minha amiga apostou que um deles é arquiteto, e até achei que ela tinha razão. No entanto, a visão mais perturbadora foi ver um tecladista apático, parecia meditar em outras terras menos a do samba, enquanto tocava atento à partitura. Nós rimos muito imaginando que raios se passava na cabecinha dele, porque tínhamos certeza que era de tudo, menos samba. Ele nem piscava, nem movia a cabeça, nem os pés, só dedilhava no ritmo certo. De repente, não mais que de repente, como diria o poetinha, o moço saiu do transe. Eu que pensava que ele era surdo e mudo, não resisti, cai na risada, afinal era só uma questão de língua. No fundo, creio que ele só entendia a partitura, mas nem imaginava o que estava cantando o sambista. Mas quando os primeiros acordes de música puramente latina invadiram o Templo, o “Pepe” despertou, dedilhava, cantava e até se balançava no compasso latino.
¿Consiguen adiviñar cual era el segredo de Pepe? O moço é cubano, mais precisamente um autêntico guantamero...
Palavras? Como-as todas sem tempero! História? Fecho os olhos e me transporto. Arte, cenas, imagens, ocorrências? Viajo entre linhas, formas, cores e transformo tudo em palavras, para poder cerrar novamente os olhos e ver o quanto há de poesia e palavras em todas as formas que nos vigiam. Yara Verônica Ferreira, a degustadora
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sábado, 25 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Paixão por Maceió
Pense numa terra abençoada pelo Céu, pelo Sal e pelo Sol, essa é a minha Maceió.
Há contrastes entre o feio e o belo, o pobre e o rico, como em qualquer outra cidade do mundo. Mas mesmo o feio e o pobre me encantaram. A batalha daquele povo deveria ser reconhecida, deveria haver um milagre para cada família de ribeirinhos, de cortadores de cana, de catadores de coco, das rendeiras e todos aqueles que custam a ganhar seus tostões, seja com seu trabalho árduo ou com sua arte.
Se avexem não, em breve escreverei outros textos contando sobre as coisas boas e ruins, agora me falta tempo, tenho que voltar ao trabalho, aquele que me sustenta e não é tão árduo como o daquele povo do sol.
Mas, desde já quero agradecer ao Vaqueiro, o informante, que não é guia de turismo, gravem bem isso e não confundam, na próxima prosa explico tudinho, senão o Vaqueiro me larga na estrada no próximo passeio.
Há contrastes entre o feio e o belo, o pobre e o rico, como em qualquer outra cidade do mundo. Mas mesmo o feio e o pobre me encantaram. A batalha daquele povo deveria ser reconhecida, deveria haver um milagre para cada família de ribeirinhos, de cortadores de cana, de catadores de coco, das rendeiras e todos aqueles que custam a ganhar seus tostões, seja com seu trabalho árduo ou com sua arte.
Se avexem não, em breve escreverei outros textos contando sobre as coisas boas e ruins, agora me falta tempo, tenho que voltar ao trabalho, aquele que me sustenta e não é tão árduo como o daquele povo do sol.
Mas, desde já quero agradecer ao Vaqueiro, o informante, que não é guia de turismo, gravem bem isso e não confundam, na próxima prosa explico tudinho, senão o Vaqueiro me larga na estrada no próximo passeio.
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