Existe tendinite, bursite, rinite, gastroenterite e sei lá eu mais quantos itens, mas, há um "ite" sem cura, difícil de entender, as vezes, mais difícil ainda de curar.
Tem gente que se diz cinéfilo, não é o meu caso. Mas que eu tenho uns comportamentos estranhos com alguns filmes, ah, isso não vou negar.
Tive um caso sério com o filme "As Pontes de Madison", todo ano eu o assistia ao menos uma vez e chorava copiosamente. Quem conhece a história e me conhece, entende bem essa doidice. Mas passou, fazia uns 5 anos que não assistia, ano passado pus de novo no DVD e dessa vez, junto com as lágrimas, veio aquela paz estranha de quem realmente se desvencilhou do vício.
Depois das pontes, a tal "Menina de Ouro" me enlouqueceu bem mais. Perdi as contas de quantas vezes assisti e num período que ainda alugavamos fitas em Locadoras de Vídeos. Só sei que chegava em casa e meu filho dizia: de novo esse filme, mãe? Aí, eu disfarçava e dizia: - Sério, eu já vi esse filme? Aí veio a TV paga, e, não dava para disfarçar, toda vez que achava "essa menina de ouro" na tela, o controle descansava.
O mais recente caso de vício foi com o filme "Livre". So no cinema vi 2 vezes, na TV paga ou no Netflix, ja perdi a conta.
Acabo de me deparar com um novo caso de paixonite. Chorei sim, muito, nem sei dizer em que cena comecei, mas garanto que foi por quase todo o filme.
Cresci com esse som e, mesmo não falando a língua inglesa, tem música que sei de cor. Essas mesmas músicas embalaram momentos especiais com meu filho e depois com meu afilhado. Garanto que nao importa a idade, é raro alguém que não se sinta tocado por essas músicas.
A história me fez ainda mais próxima, inexplicável... Só sei que se alguém me dissesse para ficar e assistir a próxima sessão, teria ficado com prazer por mais de um bis.
Bohemian Rhapsody este é a minha nova paixonite e sei que a cura vai ser muuuuito lenta.