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sábado, 13 de agosto de 2011

Aprendizados

Vamos encontrando pessoinhas por todo canto. A minha aula preferida no primeiro ano de faculdade era a de ESTHAR. O conteúdo era bárbaro e a paixão do professor era daquele tipo que enfeitiça. De vez em quando ele citava algum livro e, para falar a verdade, nem sei o motivo dele ter citado esse, mas comprei, com certeza eu precisava bebericar aquelas palavras. De todas as 340 páginas desse pequeno livro, quase que de bolso, duas jamais serão esquecidas pelo valioso aprendizado.

AMAR O AMOR
Extraído das páginas 27 e 28 do livro "Fragmentos de um Discurso Amoroso" de Roland Barthes:

...Basta que, num átimo, eu veja o outro sob a figura de um objeto inerte, como que empalhado, para que eu desloque meu desejo desse objeto anulado para meu próprio desejo; é meu desejo que desejo, e o ser amado não é mais do que seu criado. Exalto-me ao pensamento de tão grande causa, que deixa longe atrás de si a pessoa que tomei como pretexto para ela (é ao menos o que digo a mim mesmo, feliz de elevar-me rebaixando o outro): sacrifico a imagem ao Imaginário. E, se dia vier em que eu tenha que decidir renunciar ao outro, o luto violento que me toma então é o luto do próprio Imaginário: era uma estrutura querida, e choro a perda do amor, não de fulano ou fulana...

Sem mais palavras, obrigada mestres das palavras!

2 comentários:

  1. Será que agora vc entende quando eu digo que A PAIXÃO É UMA DROGA!?

    http://jovem-dragao.blogspot.com/2011/05/paixao-e-uma-droga.html

    Eu tb adorava ESTHAR. rsrsrs

    Bjs

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  2. Caro Greghi, a paixão é uma droga deliciosa para o espírito se soubermos aproveitar a melhor parte dela

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