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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quase dei sorte...

Nas ruas do Centro de São Paulo se vê de tudo: show de artistas desconhecidos; estátuas em performances surpreendentes; protestantes batendo em suas bíblias como se castigassem os pecadores; ciganas querendo passar os olhos na palma de sua mão e as mãos em sua carteira; camelôs que vendem de tudo; classificados humanos; vozes e mais vozes gritando bem na sua orelha: ótica, ótica, ótica; palhaço convidando para conhecer restaurante novo, que de novo não tem nada; dançarino solitário dando show em porta de loja; pessoas correndo ou caminhando calmamente sem sequer enxergar toda essa variedade de diversão, entretanto, homem bonito que é bom, é coisa rara de se ver. E não é que quase dei sorte dia desses? Meus olhos vislumbraram um careca charmosíssimo de óculos escuros, num terno elegantérrimo, não tive dúvidas, voltei minha cabecinha para descobrir por onde iria meu muso inspirador e eis que o vejo estático, o tal exuberantemente lindo nem pretendia ir a lugar algum, estava só embelezando a vitrine da Spielberg! Eu não disse que "quase" dei sorte?

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