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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Da série: compre esparadrapo e use antes de estrear

Quando reclamo de dores nos pés, sempre ouço: use tênis. Diariamente uso na academia, não para trabalhar. Nos fins de semana adoraria por o aclamado e afamado confortável tênis e sair por aí, mas, meu delicado pezinho exige primeiro o embalsamamento. Ninguém nunca ouviu falar de pés embalsamados? É um charme só, basta comprar em qualquer drogaria aqueles esparadrapos brancos enormes em largura e vai colando em todos os pontos críticos em que o confortável tênis não consegue agir confortavelmente. Aliás, todos os dias antes de ir para a academia é a mesma rotina, armada de tesoura e esparadrapo, começo as medições e vou cortando e colando.

Imagine um tênis que já pagou mais de R$ 130 e a esse valor some a quantia paga pelos metros de esparadrapo gastos diariamente para o embalsamamento. Nem quero fazer a conta do prejuízo, mas vai mais que um rolo por mês.

Mas, o pior é depois voltar da academia, desembalsamar e perceber que aquela cola se apegou a seu pé, acha ele tão charmoso que não quer ir embora. Precisa de muita esfregação para extrair aquela goma. Lavar com água e sabonete, nem pensar, porque amolece, mas fica ainda pior para desgrudar. Tem que ser a seco e na unha mesmo. Se der preguiça dessa trabalheira diária, deixe passar uns dias, vai ficar pretinho, e só se dará conta quando estiver de sandália e alguém ficar só olhando, achando que você nem toma banho todo dia. A vergonha bate e explicar toda essa novela dramática se torna fundamental.

Eu só sei de uma coisa, tênis da marca Olympikus não entra mais na minha casa. Sempre optava por ele, porque os preços eram mais acessíveis e na loja ele parece ser uma delícia no pé. Em menos de 2 meses ele abre um buraco na parte interna, bem onde fica o calcanhar. O pequeno furinho inicial vai aumentando e quando se percebe, o tamanho do esparadrapo cortado inicialmente de uns 2 dedos, já virou de 4 e se continuar teimando em usar o dito cujo porque por fora ele está novinho (nisso a fábrica caprichou), nem os curativos irão deter que um calombo cresça no seu calcanhar.

Passei anos comprando Olympikus e achava baixa a durabilidade, mas nunca tinha feito as contas direito, mas no ano passado resolvi anotar tudo, data da compra, período de uso e estava comprovado: o meu dinheiro ia pelo buraco. Reclamei na fábrica e me pediram os dados da nota fiscal, valor pago, até foto mandei. Enviaram um código para enviar via Correios de graça. Lógico que me alertaram que primeiro ia para análise, para depois me informarem se teria algum direito. Foram legais, declararam a culpa, me enviaram um novo e adivinha? Em 2 meses começou o buraquinho. O pior que além do buraquinho, ele nem é confortável na parte dianteira do pé.

Amanhã será dia de comprar um novo, “claro” que nem pensar na marca Olympikus, vai ser um martírio para o vendedor descer no mínimo uns 10 modelos. E “claro” também é uma palavra que acho que banirei do meu vocabulário, porque a tal da marca “Claro” não tem nada de claro. Mas essa novelinha ainda está em andamento, em breve conto se a “Claro” clareou.

Um comentário:

  1. Curiosa já para saber as da Claro! Tá fica boa nesse negócios de gerar expectativa hein? kk BJs

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