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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Só recordações não podem ser roubadas

Todo mundo já passou por um pequeno furto, confessem. Eu então, nem sei como não me furtaram mais vezes, porque vivo distraída com a bolsa aberta.

Da primeira vez, levaram a bolsinha de maquiagem, azar o dele ou dela, porque maquiagem de pobre está sempre no fim.

Da segunda levaram minha carteira, tive o maior trabalhão de fazer BO e dar baixa em cartões no banco. No dia seguinte, cada um que me perguntava na empresa eu desandava a soluçar e todos com aquelas frases de praxe: - Não fica assim, deu sorte de não ser um assalto e de não te machucarem. E eu continuava chorando, ninguém entendia o quanto doía ter perdido as fotinhos da minha vovózinha espanhola que eu tanto amava e uma do meu filhinho ainda com um ano e que eu não tinha outras fotos dessas.

Um colega da sala ao lado, talvez perturbado com o fato de não conseguirem me consolar, voltou para trás e todo solicito me perguntou: - quer uma foto da minha avó?

Estanquei o choro e dou risada até hoje quando lembro da cara dele me fazendo essa pergunta.

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