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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Meu vício, meu eu... eu Cyrano


Por que raios essa fulana que ama palavras sai sem um papel em branco sequer na bolsa? O que deu em mim?

Dizem que é difícil deixar um vício e agora sou obrigada a concordar. Tenho tentado me apartar do vício das palavras, de carregar sempre um bloco de anotações para não perder nenhuma delas nessa mente idiota que não consegue guardar nada por mais de uns poucos minutos. Mas, como é difícil!

Vira e mexe bate o desespero. Ontem bateu no meio da fisisoterapia, aproveitei a deixa de me pedirem um palpite e logo pedi papel e caneta, porque não consigo pensar sem eles. Logo lembrei da terapia para cortar o vício e disse que não precisava mais... sinto ainda a dor das palavras que se foram sem que eu pudesse tingi-las no papel!

Devo confessar que tenho burlado o esquema de tratamento e inúmeras vezes ponho ao menos uma caneta na bolsa e, na ausência da folha em branco, escrevo nas bordas de um panfleto qualquer ou até mesmo nas páginas da revistinha de palavras cruzadas que vem com sudoku, porque não gosto mesmo de fazer.

Talvez eu nunca consiga perder esse vício, no fundo me apeguei tanto a ele, que sinto como se fosse um amor que só me faz bem. Acho que vou deixar para lá essa história de querer me apartar dos meus blocos e diversas canetas que carrego, porque me sinto muito pior cada vez que enfio a mão na bolsa e não acho nem o papel, nem uma caneta sequer... essa abstenção provoca um vazio enorme, nem sei explicar onde sinto, me toma por inteiro.

Hoje me deu de novo, bateu forte. Escrevi nos poucos espaços e até mesmo sobre o texto impresso de um papel que nos deram sobre a luta para excluir o BBB da vida dos viciados nesse programa idiota. Não menosprezo as palavras que lançam nesse movimento, peço desculpas aos criadores do texto, mas eu precisava sair da crise de abstenção, a culpa foi do meu eu tão “Cyrano” de ser. Já, já explico no próximo texto.

Pós inserção de foto: A foto não se trata de um texto digitado sendo editado por uma caneta, na verdade, invadi mesmo o texto dos outros para escrever o meu, como já havia explicado e pedido desculpas no que publiquei antes.

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